A CIÊNCIA DA VERDADE e A CIÊNCIA DO VERDADEIRO
A ciência tem muitas definições mas a definição que reúne a melhor abordagem é aquela que diz que ciência é um conjunto organizado de conhecimentos relativos a um determinado fenômeno natural, através da observação e da experimentação utilizando um método que passa a ser considerado científico. A ciência integrada não deve discriminar fatos ou fenômenos naturais a serem observados e experimentados pois isso seria um "preconceito científico", não seria ciência e sim "cientificismo", quase uma religião movida por dogmas.
A base da metodologia cientifica é materialista, cartesiana, newtoniana e esta metodologia parte do princípio de que tudo o que existe é matéria e tudo advém da matéria e, para isso, utiliza os 5 sentidos físicos para explicar, até mesmo, os fenômenos que transcendem a matéria, como o pensamento, a saudade, as lembranças, o amor e etc. Em neurociência, por exemplo, pensamentos, sentimentos, memórias são processos orgânicos e químicos de nosso desenvolvimento darwiniano encefálico, principalmente do córtex frontal e pré-frontal. Para ela, nosso cérebro secreta pensamentos, sentimentos, memórias assim como nosso fígado secreta enzimas, bile e etc.
Se nos reportarmos à máxima shakespeariana de que "Há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que sonha nossa vã filosofia", podemos entender que esses mistérios transcendem a visão materialista da ciência contemporânea como se a verdade sobre um determinado objeto ou fenômeno estivesse e, de fato está, em uma dimensão não acessível por esta abordagem científica que só consegue detectar um dos tipos de matéria, a física. A ciência de visão materialista apenas comprova aquilo que é VERDADEIRO que é, apenas, uma visão relativamente material daquilo que é VERDADE. Assim, o método científico aplicado consegue, apenas, constatar e comprovar, meticulosamente, matematicamente, profundamente a mera película superficial, uma pálida imagem da VERDADE. Vamos a uma analogia para entender aquilo que estou dizendo neste post. Observem a imagem abaixo:
Temos a imagem de um cubo suspenso no centro de um cômodo. Se projetarmos um feixe de luz pela lateral do cubo a imagem que será projetada na parede azul é um retângulo e isso é uma informação cientificamente verdadeira. Se projetarmos um feixe de luz pela parte inferior do cubo a imagem projetada na parede amarela será um círculo o que também é uma informação cientificamente verdadeira. Se perguntarmos aos observadores deste objeto: o que é um cubo? Um dos observadores dirá que o cubo é um retângulo e o outo dirá que o cubo é um círculo e, ambos, estão corretos em suas análises "científicas", gerando um paradoxo observacional, porém, cientificamente verdadeiro, deixando ambos com "uma pulga atrás da orelha". Mas, a VERDADE, está em "outra dimensão" da realidade desse objeto. É aqui que surge, e sempre surgiram, as mudanças de paradigma na ciência que nós, também, vivemos nos tempos de hoje, mudança de paradigma esse publicado em 2014 no "MANIFESTO para uma Ciência Pós Materialista" pela plataforma opensciences (vide post aqui publicado).