ESQUIZOFRENIA E "PARADIGMA MÉDICO-ESPIRITUAL"
A esquizofrenia (CID: F.20) é, cientificamente, definida como um transtorno mental caracterizado por suposta perda de contato com a “realidade” (psicose), “alucinações” auditivas e/ou visuais, “falsas convicções” (delírios), pensamento e comportamento anômalos, redução das demonstrações de emoções, diminuição da motivação, piora da função mental (cognição) e problemas no desempenho diário, incluindo no âmbito profissional, social, relacionamentos e autocuidado. A maioria dos pacientes tem alucinações auditivas (ouvir vozes), visuais (ver pessoas que ninguém está vendo).
Partindo do princípio de que nem a causa, nem o mecanismo da esquizofrenia são conhecidos, tomemos os estudos hermenêuticos da Fenomenologia Espiritual como paradigma de análise pós materialista o que nos reporta à possibilidade de que nós, seres humanos, tenhamos habilidades psíquicas pouco compreendidas de conseguir acessar possíveis realidades que estão além da realidade física, realidades psíquicas ou mentais. Estas habilidades psíquicas são similares aos sentidos físicos da visão, audição, olfato, paladar e tato sendo, portanto, consideradas “sentidos psíquicos sutis” que, há décadas, vem sendo estudados por uma disciplina considerada ainda, como pseudociência, que é a parapsicologia. Temas como telepatia, psicocinese, clarividência, clariaudiência, experiência fora do corpo e outros que são exemplos desses sentidos parapsicológicos também denominados, em conjunto, de 6º sentido ou Percepção Extra-Sensorial (PES), um sentido que está além dos 5 sentidos físicos.
Existem algumas pessoas que tem alguns desses sentidos desenvolvidos e que convivem muito saudavelmente com esses “sintomas” e que não podem ser considerados esquizofrênicos. A maioria desses são os médiuns ou sensitivos que, há séculos, tem esses sentidos desenvolvidos e militam em muitos centros praticantes da Doutrina Espiritista. Muitos estudos acadêmicos foram realizados nos últimos 30 anos demonstrando que os sintomas esquizotípicos “alucinatórios” nada mais são do que alguns desses sentidos psíquicos manifestados por esses médiuns sob o absoluto controle.
No entanto, existem muitas pessoas que apresentam esses sentidos e que não tem o controle sobre eles porque desconhecem que esses não são sintomas patológicos, mas sim propriedades parapsicológicas naturais que, através de uma Psicologia Cognitivo Comportamental (PCC), podem ser abordados com uma simples explicação a esses pacientes de maneira a aprenderem como lidar com esse “canal psíquico aberto” e poder conviver com isso saudavelmente.
O alarmante de tudo isso é um trabalho de pesquisa estatística[1] que diz a grande maioria dos casos de transtornos esquizofrênicos não precisa de tratamento psiquiátrico através dos psicofármacos e sim de alguma forma de psicoterapia adequada que, além da PCC aqui referida, podemos abordar o assunto com as diversas técnicas de Psicologias Transpessoais.[1] Moreira-Almeida, A/201. Estudos publicados referem que boa parte das pessoas que manifestam Experiências Espirituais não tem conexão com nenhum tipo de transtorno psicótico.